A importância da contabilidade plena para avaliar a situação da empresa, para produzir dados essenciais e para criar sugestões contra as ameaças ocasionadas pela crise é evidente. Só empresas que mantém melhor controle interno e analisem seus demonstrativos com freqüência estão prontas para enfrentar a crise.
Levando-se em conta que a economia não é uma ciência exata ao contrário da contabilidade que sempre mostra a verdade. Independente de crise ou não, um bom gestor sempre faz seu planejamento estratégico e toma suas decisões com realismo e para isso ele precisa da contabilidade como a ferramenta exata.
No artigo “Crise e contabilidade”, Valor Econômico 06/11/2008 conta que os balanços das maiores construtoras mostrarão os estragos da crise. O mesmo artigo fala sobre os ajustes já feitos nas projeções: “As oito empresas que ajustaram lançamentos previam R$ 16 bilhões em novos empreendimentos só neste ano. Agora, reduziram a meta para R$ 11,6 bilhões. Por enquanto, apenas empresas médias e pequenas corrigiram metas.Qualquer empresa, seja micro, pequena, média ou grande, sempre deve reavaliar metas em sintonia com o momento socioeconômico.
Mas será que as ferramentas de contabilidade são respostas para enfrentar a crise? No artigo “Crise financeira e contabilidade” (Portal da contabilidade) Júlio César Zanluca escreve: “Em qualquer situação, a gestão das empresas precisará ser voltada para um controle estrito de fluxo de caixa, de redução de custos e de aumento da competitividade dos negócios. E não adianta “chutar” números, como “nós lucramos em torno de 10% de nossas vendas”, “nosso fluxo de caixa cai em janeiro, pela sazonalidade” e outras afirmações. Qualquer afirmação que não seja confirmada pela contabilidade pode e deve ser questionada, para evitar erros de interpretação e ajustes”, e na conclusão ele escreve: “Basicamente, o gestor precisará adequar os custos fixos a nova realidade apresentada, renegociar contratos, fugir de dívidas em moedas estrangeiras e controlar os custos de carregamento de dívidas, monitorando o fluxo de caixa e acompanhando o desempenho através dos resultados contábeis, com análise dos balancetes pré-crise x pós.”
Agora, talvez seja interessante dar uma olhada em algumas idéias mais concretas sobre o tema. A empresa vivendo a crise quer manter o lucro, a liquidez e talvez até crescer, se for possível. Para quem nunca fez um plano de negócios completo, um Diagnóstico Empresarial feito junto a uma empresa contábil pode ser a solução. Um Diagnóstico Empresarial normalmente diagnostica áreas como financeira, produção, vendas / marketing e sistemas / TI. Elenito Elias da Costa, no seu artigo “Contabilidade da empresa em crise financeira” aponta esta modalidade dizendo que é uma questão de identificar a real posição da empresa “seu produto, suas potencialidades, seu capital de giro, seu endividamento, buscando conhecer os pontos fortes e fracos da empresa e procurar interagir para minimizar os pontos fracos e fortalecer os pontos fortes.” Ele elencou algumas sugestões para poder viabilizar o que está falando:
a) Investimento em publicidade e marketing é fundamental mesmo na crise;
b) Agredir mercado no interior do estado e em outros estados;
c) Avançar com o produto, se possível em mercado internacional;
d) Deixar transparente junto aos colaboradores a real situação da empresa;
e) Negociar redução de jornada e congelamento de salários;
f) Solicitar aos colaboradores redução e contenção de custos e despesas;
g) Introduzir participação nos lucros da empresa;
h) Manter uma contabilidade derivada de princípios e legalidade;
i) Negociar tributos e encargos junto aos órgãos fiscalizadores;
j) Ter maior controle interno, inclusive da regularidade fiscal da empresa;
k) Ter controle da legalidade das ações da atividade econômica da empresa;
l) Buscar financiamento a longo prazo para conter projeto de sustentabilidade e continuísmo;
m) Implantar responsabilidade social e ambiental na empresa.
n) Capacitar e treinar patrimônio humano e solicitar retorno.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
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